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Ryan Hermogênio
MORREU DE MORTE MATADA
O conjunto de pinturas da série “A cachorrada na solitude: morreu de morte matada”, que dá continuidade à pesquisa de conclusão de curso desenvolvida pelo artista Ryan Hermogenio, procura trazer reflexões a respeito da pintura e o campo virtual.
A mostra reúne trabalhos realizados neste ano durante o período de isolamento social, como uma maneira de escapismo neste cenário.
O artista se propôs desenvolver uma pintura por dia, todos os dias, e postar em seu perfil profissional do Instagram.
Para Ryan, o processo de seus trabalhos é uma investigação das possibilidades de pintura, é se colocar em jogo a todo o momento, brincando com a ideia de pintura e se apropriando de diversos materiais, muitas vezes “não artísticos” em suas pinturas tradicionais: neste caso, o artista se apropria de softwares e mecanismos da internet para construção de seu trabalho.
Sendo aqui considerado como um importante componente da vida, o jogo é tratado como um símbolo comunicacional repleto de conteúdo e subjetividades. Independente da forma, jogar é sempre uma maneira de expressar aquilo que não é dito, uma comunicação que vai além da linguagem oral, mas percorre todo o corpo.
Print de página do Instagram do artista
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Sem título 005 (óleo sobre lona), 2020
Mídia digital
57,5 x 40cm

Sem título 006 (óleo sobre lona), 2020
Mídia digital
57,5 x 40cm

Sem título 007 (óleo sobre lona), 2020
Mídia digital
57,5 x 40cm
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Sem título 009 (óleo sobre lona), 2020
Mídia digital
57,5 x 40cm

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Esse ato de brincar com a pintura como num jogo derivou inicialmente de uma ironia a respeito da morte da pintura, esta que já foi declarada morta e ressuscitada diversas vezes na história da arte. Assim como um personagem de um videogame durante uma partida.
Além disso, a relação da pintura abstrata com jogos lúdicos, na qual o pintor tem total liberdade para a experimentação dentro e fora do suporte.
Há um desejo de simulacro da própria pintura a óleo no meio digital. Por nos encontrarmos em isolamento, muitos artistas como Ryan não estão tendo acesso aos materiais artísticos ou ao seu ateliê e dessa maneira propôs a si mesmo outra possibilidade de realizar esses trabalhos.
A imagem e realidade, assim como a verdade e realidade, parecem ser, à primeira vista, idênticas. Justamente por essa aproximação, surge um certo estranhamento e desconforto no momento em que nos perguntamos o que é a realidade e qual sua importância na representação artística, pergunta esta que perpetua neste conjunto de trabalhos.
Sem título 013 (Óleo sobre lona), 2020
Mídia digital
80 x 56cm

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Sem título 015 (Óleo sobre lona), 2020
Mídia digital
68 x 40cm

Sem título 017 (Óleo sobre lona), 2020
Mídia digital
68 x 40cm

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Sem título 019 (Óleo sobre lona), 2020
Mídia digital
68 x 40cm

Estou investigando as possibilidades de pintura, buscando refletir o porquê de sua existência [...]
E se simplesmente não houver justificativa para que exista?”
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Sem título 021 (Óleo sobre lona), 2020
Mídia digital
52 x 44cm

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Sem título 024 (Óleo sobre lona), 2020
Mídia digital
44 x 36cm

Utilizando-se da ideia do Hubert Damisch para pensar a pintura, uma reflexão – não no sentido passivo da palavra, como um espelhamento, mas no sentido de uma definição ativa, como um ato ou pensamento, como um lance, um lance em um tabuleiro de xadrez¹.
¹A Pintura Como Modelo, Yve-Alain Bois
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Sem título 025 (Óleo sobre lona), 2020
Mídia digital
44 x 36cm

Sem título 028 (Óleo sobre lona), 2020
Mídia digital
40 x 36cm

Qual a necessidade de pintar hoje em um mundo em constante mudança? Não estou aqui para responder essa questão, até porque nem a tenho. Estou investigando as possibilidades de pintura, buscando refletir o porquê de sua existência em um mundo em transformação, principalmente com o avanço tecnológico. E se simplesmente não houver justificativa para que exista?
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